Festa Junina


Era tarde de São João!
Tinha bigode de rolha...
tinha vestido de chita...

tinha chapéu de palha...
tinha maria-chiquinha...
bandeirola de papel colorido...
e uma alegria de não se acabar mais!

um passo a passo feito com amor

A oficina de cerâmica que acontede as quintas feiras pela manhã, as vezes vira oficina do papel, e da-lhe coragem e disposição pra receber, envolver e orientar essa turminha bacana, intrigante, irriquieta atenta e desatenta que são os adolescentes, mas a "profê" que já tem ginga nos quadris e rodinhas nos pés não deixou por menos, olho atento, mãos práticas e uma disposição de dar inveja lá tá ela, a oficineira, bonequeira, ceramista do Instituto Boi Mamão dando jeito na situação.

um engenho que tudo vê...

e que quieto espia um mundo que passa por dentro e por fora dele


o lamento do carro de boi


a mãos ligeiras e a tagarelice feliz de D. Sinhá (criveira) que chegou de Governador Celso Ramos para ensinar a arte do Crivo

D. Sinhá vai desfiando o fio e mais um monte de palavras...
" se der roubada da linha, visse?" 
"esse aqui é um crivo de fundo de copo"
e outras tantas...

Vera

de quando eu encontrei Cora Coralina no engenho do sertão...











Foi na tarde de um sábado tranquilo, sem muito frio, sem muita chuva, sem muito sol, chegando quem tinha que chegar, mas bem a hora marcada. 
E lá, Cora nos esperava... a porta do Engenho do Sertão aberta e singelo sorriso.

E assim foi acontencendo o Chá Literário de Cora Coralina, que no calor da madeira que queimava, entre olhares emocionados, lembranças e emoções, um pouco de sua obra de sua história foi sendo narrada por Patrícia, e quem mais dela soubesse algo em momento oportuno também contava...
até C. Drumond deu sua palavra...
           " uma velhinha sem poses, rica apenas de sua poesia."


Os acepipes, a mesa farta, os poemas de Cora no varal, um painel fotográfico com fotos lindas contava um pouco mais de sua história...

E nós do Engenho, que contribuimos um pouco para que essa homenagem a Cora fluisse, queremos agradecer a Suzete Kummer que permitiu que o Chá Literário mudasse nesta tarde de cenário.  

Ela que idealizou os "Encontros Literários em Porto Belo" e, que hoje recebe uma vez por mês em sua casa aqueles que gostam de literatura, de artes, de cultura e amizade. Com a generosidade de sempre, Suzete é a pessoa que faz esses encontros acontecerem!


Agradecemos também a presença de todos  e até o próximo!

Pati e Vera